Nada faz sentido.
Nada faz sentido
Sei o que falo e o que penso,
Ás vezes não sei o que digo
E jamais sei o que sinto.
Absorvo e disolvo as coisas que vejo
para que os olhos não lacrimejem novamente.
Repito a beleza discreta das flores,
Almejo o colorido e a discrepância
Das aparências urbanas.
Omitidas até mesmo perdidas.
O parecer único das batidas
Introduzidas não mais sentidas
Floresce o encanto do recanto
De mais uma alma ferida.
Monumentos partidos
Cimentados contra a ausência
De um sentimento que nos faça sentido
Sentem o vento?
Sentem o toque?
Sentem a leveza?
Digam-me o que sinto
Que os direi tudo o que faz sentido.