Além das impossibilidades

Tanto tempo

Ser uma migalha no vento

Todo momento sem âncora

E sem propósito

Nos beirais do amanhecer

A espera da sorte

Se fartando de pedaços

Caminhando pelos barrancos

O que se pensa não se sustenta

Pesa como gelo nos galhos envergados

Palavras não premiam a preguiça

Desnorteiam a opulência e a indolência

Quando a lágrima quer

Não existe lugar para chorar

Quem vive de esperança

Também envelhece e morre

Tanto tempo

Ser uma migalha no vento

carlos assis
Enviado por carlos assis em 06/02/2010
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