DIANTE DO ESPELHO
Desfigurada, hoje, minh’alma
Não se reconhece de tão magoada,
Incauta diante do espelho da vida...
Coberta de chagas
E profundas feridas,
Cicatrizes extensas
E intensas a me afligir
De tantas dores que vivi...
Estou morta-viva nesta lida,
Ninguém m’enxerga sob escombros...
Não há sequer fresta de saída,
Escasseio minhas horas
Num labirinto perdida
Antecipando esta partida.