Quero Ficar Quieta
 
Quando não ouço
Uma voz silente
Escondo meu rosto
Rompo tempo dormente
 
Onde impera barulho
Finjo surdez absoluta
Invaginação num marulho
Concha oclusa e resoluta
 
A quietude me atrai
Rascunha minha solidão
Que atua e não se esvai
Ultimando ruído em vão
 
Ilha de silêncio, sou na paz
Então, divago como poeta
Tranquila, sonho muito mais
Agora, quero ficar quieta!