SILÊNCIO

SILÊNCIO

Envolta em negro véu, misteriosa,

a noite vem chegando devagar,

no seu cortejo de astros, gloriosa,

banhada pelos raios do luar.

Em noites de luar a terra brilha

e o firmamento é imerso em luz prateada,

minha alma, entanto, apenas segue a trilha

da luz perdida e há muito apagada.

E nessa busca encontra a lua cheia,

no silêncio das frias madrugadas

a transformar pequenos grãos de areia

em pó de estrelas, soltos pelas estradas.

Nas noites de luar a lua airosa,

em brilho fixo anseia cintilar,

como se fosse estrela esplendorosa

no encanto dessa noite singular.

Misteriosa, a noite enluarada

vai envolvendo a urbe adormecida,

enquanto a solidão não convidada,

se aninha no meu peito intrometida.

Irmã das astros, a lançar centelhas,

a noite reina ao brilho das estrelas,

quais nenúfares feitos de marfim.

Invoco então um sonho, estendo os braços

e vôo triste, buscando os estilhaços,

da ilusão que morreu dentro de mim!

SÔNIA SOBREIRA DA SILVA
Enviado por SÔNIA SOBREIRA DA SILVA em 16/03/2010
Reeditado em 01/06/2010
Código do texto: T2140897
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