Preso a Solidão


Os dias, as horas, vão se passando...
A chegada do amanhã está demorando,
o amanhã, por sua vez passa lentamente.
O meu corpo inerte, quase dormente
preso entre as paredes da solidão vai se
fechando por completo o meu coração.
Como me sinto frágil buscando nessa vida
o que nunca consegui encontrar!
Me fecho como uma ostra se fecha guardando
o seu segredo e porque não dizer:
guardando seu tesouro, que ao olhar em sua
volta se viu sem palavras como a um livro,
com suas páginas em branco esperando ser
escrito e lido a estória da sua vida.
Vivo em volta com minhas incertezas.
Tento afastar a solidão que se prendeu no casulo
da paixão onde me recordo de tudo que foi bom.
Recordo do céu estrelado que o vi pela primeira vez.
Recordo do vento quando o meu frágil
corpo ele o derrubou. Mas, aprendi a flutuar
quando o céu eu fitava com meu olhar.
Aprendi a olhar a imensidão... E imaginar...
... Que um dia; eu encontraria o amor por lá!