A perda
E já não preciso saber muito ou mais sobre mim mesmo.
Da serenidade dos votos sinceros, há muito não sinto a ternura.
Vejo o tempo passando, indiferente ao que penso ou sinto,
o amor diariamente escapando, e eu perdido nesse labirinto,
deixado sem pistas, sem velas, no escuro instante da procura.
E já não preciso saber muito ou mais a qualquer respeito.
Das estratégias conhecidas, as guerras foram vencidas, superadas.
Mas os momentos seguintes exigiram muito mais conhecimentos
e a sabedoria, escassa, abandonando meus pensamentos,
sucumbiu aos interlúdios de ações fugazes, despreparadas.
E já não preciso saber muito ou mais das razões de antes.
Quando o motivo principal foi perdido o que está em volta não satisfaz.
Não importa mesmo o que eu venha a saber ou o que eu faça,
quando minhas conquistas são lúdicas e meu viver tão sem graça,
porque o que o que perdi, hoje eu sei, não encontrarei nunca mais...