Metades

Metades

Que metade devo ser?

A que ri quando fala?

Ou aquela chora

Quando cala?

As vezes seguro e firme

Outras frágil e fraco

Capaz e destemido

Oculto ,quase opaco

Há momentos que me encontro

Santo, sagrado, ...divino

Em outros, eu sou profano

Pecador, .....um libertino

Amo tanto a minha vida

Que a morte me visita

Não vou embora com ela

Porque minha coragem hesita

Sou nada para mim..

Sou tudo pra alguém

Prefiro sofrer a dor

Mas faço sofrer também

Nesse conflito interno

Vou vivendo os meus dias

Só encontro algum alento

Quando escrevo poesias

Vivendo minhas angústias

Refletindo os meus erros

Arrastando minhas correntes

Suportando os meus medos

Sigo com minhas metades

Juntas e com defeitos

Uma pensa com a razão

A outra dentro do peito

São metades de um ser

Em nada casual

Divido entre dois mundos

Um lúdico outro real.

Dego Bitencourt

Dego Bitencourt
Enviado por Dego Bitencourt em 10/04/2010
Reeditado em 29/08/2011
Código do texto: T2188574
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