Fuga

A dor inconstante sufoca o coração dilacerado

Corro sem parar por uma estrada sem volta

A solidão tem sido a companheira ímpar.

Parada, esperando um sinal para onde seguir

Há momentos em que o silêncio da alma invade o meu ser.

Não adianta chorar, a dor extravasa o coração.

As forças parecem acabadas na fragilidade do momento

O passado se fez presente antes caído no esquecimento

O desafio é lançado à espera do milagre

Até onde o amor, a doação ao próximo podem chegar?

Em desespero fico a pensar, vou suportar?

O eu em mim grita na mansidão em busca da luz

Encontrarei forças o suficiente para agüentar?

Deus é um desafio, queres experimentar?

Escuto a alma balbuciar, é chegada a hora.

A prova incondicional de amor que se pode dar.

Não posso mais fugir, meu caminho vou seguir.

Maria Mendes
Enviado por Maria Mendes em 13/04/2010
Reeditado em 13/04/2010
Código do texto: T2195337
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