Desencaminhado
Mudanças inoportunas ditaram os rumos,
e o único caminho que eu conhecia foi desabitado.
Vaguei por frustrações, ponderei as decepções
e amarguei o romper de outro sonho despedaçado.
Percorri caminhos escuros, escorregadios.
Mantive meus pés sobre a areia movediça da desconfiança.
Agarrei-me aos galhos que pareciam braços,
norteei meus instintos por outros passos
e mesmo assim, fui ferido por outra lança.
E a dor que ainda dói é a que me faz sangrar.
A dor por saber que por mais que eu faça ou trilhe,
onde quer que aquela estrela que me guia brilhe
é onde eu nunca poderei ficar...