NÃO SOU NINGUÉM

Fui, mas voltei
e agora nem sei
o que conseguí.
A frente ou atrás
pra mim tanto faz
se ganhei ou perdí.

Se fui contente
a vida não sente
atordoado estou.
Se sou enfeliz
não sei o que fiz
pois nada voltou.

Tudo inerte parece
nada acontece
está tudo parado.
Preso num curral
sem ser no plural
fiquei no passado.

Como morre a flor
morreu o amor
matou me também.
Tudo o que faço
some no espaço
não sou ninguém.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 28/05/2010
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