Crescer

Do tempo que persiste em passar em pranto,

roguei por saída, sim roguei;

chorei pela vida assim me amedrontando,

tive medo ainda que não mais rezei.

Amarguras vis que consomem a alma

são parte do fado do viver terreno;

uma hora irrita outra hora acalma

Aprendizado amargo, simples, puro e pleno.

É por hora então que a vida exige

que se ascenda a alma e que o temor decline;

é hora então de deixar a geração triste

e como condor elevar-me ao vôo sublime.

Pois então entrego a mim a mesmo a solução

Que nada encerra se não outra pergunta:

Consciência minha que na noite afunda,

O que encerra o medo se não ilusão?