O homem sem alma

Estava destinado a viver e andar errante, sempre e cada dia de si mesmo mais distante.

E em trapos, ia juntando os cacos de uma história, cuja trajetória parecia ter sido forjada do fim ao início.

Isso é só o começo, do fardo talhado naquela mente, de uma lembrança só e evidente que deveria lhe habitar.

E assim, vivia à sombra do dever, mergulhado na incerteza do não ser, sem certeza do que sobrevirá.

O homem ia caminhando a passos lentos, olhando atento o rumo que seguia ao encontro do nada.

E assim a alma que habitava o homem não vivia, apenas em seu corpo vagava.

Miss Angel
Enviado por Miss Angel em 19/07/2010
Reeditado em 18/03/2012
Código do texto: T2387892
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