Inquietude

Minha viagem começa aqui,

Na solitude dos ventos em meus papiros,

No movimento das nuvens

Abrindo-se ao céu, desenhando em ais

A face... O lírio em flor... Sorriso!

Entrego-me ao sabor do silêncio

Absorvendo da penumbra

O cheiro da dor a me embriagar,

A palavra que esvoaçou no olhar

Calou... Escreveu em rima... Paixão!

Inquieto adentro pela noite

Sublimando a madrugada em tecidos,

Em palavras tatuadas pelas paredes

Recitando-se ao universo, sorvendo em copas,

O corpo... A lua nova... Canduras!

Desperto ao cantar do pássaro

Contemplando o sonho sobre ninho,

O doce da pele violeta a me rogar,

A estrofe singular nos lábio sutil,

O amor... O sol nascente... Coração!

Auber Fioravante Júnior

17/07/2010

Porto Alegre – RS