solidão

preso, refugiei-me dentro do escuro,

dentro do meu ser social,

entre todos eu me espelho,

entre ela e eu, me condeno,

fico a um passo do abismo,

cair não posso dinovo,

já fiz isso uma vez,

no abismo que construi,

eu e Deus,

passei de todos,

pedi a morte em uma taça de vinho,

tomei conhaque pra satisfação pessoal,

previ meu passado,

era minha unica qualidade visivel,

sem contar que algumas vezes,

esquecia meu dom,

e me tornava um ser vegetativo,

e só respirava pra tentar achar teu perfume,

e quando achava me perdia do mundo,

esquecia da dor forte,

apunhalada em dois dedos e meio de coração,

em um espaço maior,

enlouquecia,

e jurava secretamente te amar ao infinito,

para que aquilo acabasse em ti outra vez,

e eu solitário pedi pra voar,

e esperar o sol se por,

mas eu estava preso ao solo,

a gravidade pesava meu corpo,

e o teu corpo não sentia o meu,

o meu era submisso aos traços dos teus,

até parece que uma voz do alem me diria que iria te ver,

a dor aumenta e o vinho acaba,

a morte é algo simples,

e a vida complica os fatos,

só fingi ser eu,

pois não quis te ver chorar,

resposta para a morte.

Marcos Pagu
Enviado por Marcos Pagu em 21/07/2010
Código do texto: T2390814
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