Por tantas razões...
A saudade quando aperta
Me deperta essa agonia
Meu olhar fica distante
Feito o mar em calmaria
Feito olhar de retirante
Que imagina a pradaria
Quando olha da janela
Vendo a noite e o fim do dia
Lá no fim do firmamento
Meu olhar nem desconfia
Longe vai um pensamento
Perseguindo a fantasia
Eu bebendo da saudade
Sede que não se sacia
Quanto mais ela me invade
Tanto mais me caberia
O silêncio é tão sagrado
Transformado em poesia
Segue sempre do meu lado
Feito uma feitiçaria
A solidão é companheira
Dia e noite, noite e dia
Na moltura da janela
Todo fim se principia.