Surpresas em "Morfina"...

Surpresa em Morfina (1)...

Sua boca disfarça um sorriso triste.

Seu olhar, longe... Distante!

Sua face denota o calor do sangue...

Gestos revelam o quão submerge.

Um mistério que vaga!

Que devaneia, que delira.

Indícios da confiança aflora.

Não esconde e revela...

Domina-me melancólica ternura.

Solitária do ópio, na pupila.

Minh´alma mística e sonhadora, despedaça.

Absorve a desoras...

Surpresa em Morfina (2)...

Decadente... Degenerada,

Conseqüente, também disfarça.

Sob lua vertente assombra...

Voluptuosa e ardil alma... Minh´alma.

Triste dor de meu suspiro...

Finda a carícia, perde-se em soluço... Mudo.

Fúria do efeito... Nulo.

Isento do êxtase... Do afago.

Salamandras desfalecem nas matas.

Nos braços, nas sarças.

Em vestimenta... Desnuda.

Calafrio que percorre e alucina...

Surpresa em Morfina (3)...

Provo vinho cognato.

No corpo branco e macio.

Noturna brisa... Acalanto morno.

Golpeada e sem consolo...

De encontro ao peito,

Indelével, contraditório e contrário.

Ânsia de tentar socorrer... Estremeço.

Indeciso sentimento...

Lágrimas que banham o rosto.

Na imagem imaginária do tempo.

Quatro anos falsificados de gracejo

Recuo para não sofrer dano.

Entre supostos risos ao anoitecer...

A nostalgia dissimulada sinto prevalecer.

Já não posso mais lhe pertencer!

Sou a mais necessitada... No precisar de você.

Ref. RP

Essência de Tempestade
Enviado por Essência de Tempestade em 28/08/2010
Reeditado em 28/08/2010
Código do texto: T2464812
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.