DESTERRO

E assim

Ao exílio condenei a lembrança.

Pois é de luz que preciso

Nesse efémero porvir.

O que mais distante

Neste instante

Quero eu que esteja

É essa memória de um amor exilado

Perdido entre as vagas de azul sem fim

Extinto

De vez

Na escuridão da borrasca.

E assim

Na tormenta em que se tornaram os dias

Cada momento

De cada dia

Que seja total

Se for solidão

Ou então

Simplesmente

Que não seja tal.

Que seja

Somente

Uma simples mente

Em inquietação.

E o que mais próximo quererei eu que esteja

Para além do amor exilado

Será esse olhar teu

Com que amanhece a esperança

No coração apaixonado

De um peão desterrado.

Jacinto Estrela
Enviado por Jacinto Estrela em 16/09/2010
Código do texto: T2500924
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