Dividido.
Dividido estou
Não sei para qual lado vou.
A Razão diz para o gatilho pressionar
A Emoção,para ainda continuar.
Eu,miserável,estafermo,sem Sorte
Estou indeciso entre a Vida e a Morte.
Confesso que não sei o que fazer
Não tenho a quem recorrrer.
"Afundo-me" cada vez mais na Tristeza
Nunca serei feliz,lamentável certeza
A Dor é imensurável
A Solidão é um tormento inenarrável.
Será que assim abandonarei a Vida?
Como um desprezível suicida?
Será que uma bala dispararei contra o peito
Neste sombrio leito?
É impossível para a arma olhar
E o pranto segurar.
Talvez seja a sensata decisão
Para secar as lágrimas do coração
Mas desejo perecer naturalmente
Não de modo tão deprimente.
Que o Anjo Negro venha por si mesmo me beijar
Nos seus braços para o Infinito levar.
Eu só quero que se extinga o sofrimento
D'alma o lamento.
Mas é difícil para trás deixar
Aquilo que sempre estive a gostar.
Meus tolos versos,livros,bandeiras,brasões
Companheiros em tantas ocasiões
Eles conseguem por breve instante
Colocar um débil sorriso neste semblante.
Fazem-me esquecer por um segundo
Que sou o mais desgraçado deste mundo.
Queria das suas companhias por muito tempo desfrutar
Mas a maldita Melancolia está a me lacerar.
A cada dia que passa fica mais difícil direito pensar
Mas uma decisão tenho que tomar.
Tudo o que mais desejo é uma luz no fim do túnel vislumbrar
Fazer o que for melhor,saber por onde enveredar!
*