Dividido.

Dividido estou

Não sei para qual lado vou.

A Razão diz para o gatilho pressionar

A Emoção,para ainda continuar.

Eu,miserável,estafermo,sem Sorte

Estou indeciso entre a Vida e a Morte.

Confesso que não sei o que fazer

Não tenho a quem recorrrer.

"Afundo-me" cada vez mais na Tristeza

Nunca serei feliz,lamentável certeza

A Dor é imensurável

A Solidão é um tormento inenarrável.

Será que assim abandonarei a Vida?

Como um desprezível suicida?

Será que uma bala dispararei contra o peito

Neste sombrio leito?

É impossível para a arma olhar

E o pranto segurar.

Talvez seja a sensata decisão

Para secar as lágrimas do coração

Mas desejo perecer naturalmente

Não de modo tão deprimente.

Que o Anjo Negro venha por si mesmo me beijar

Nos seus braços para o Infinito levar.

Eu só quero que se extinga o sofrimento

D'alma o lamento.

Mas é difícil para trás deixar

Aquilo que sempre estive a gostar.

Meus tolos versos,livros,bandeiras,brasões

Companheiros em tantas ocasiões

Eles conseguem por breve instante

Colocar um débil sorriso neste semblante.

Fazem-me esquecer por um segundo

Que sou o mais desgraçado deste mundo.

Queria das suas companhias por muito tempo desfrutar

Mas a maldita Melancolia está a me lacerar.

A cada dia que passa fica mais difícil direito pensar

Mas uma decisão tenho que tomar.

Tudo o que mais desejo é uma luz no fim do túnel vislumbrar

Fazer o que for melhor,saber por onde enveredar!

*

Arcanjjus Negrus
Enviado por Arcanjjus Negrus em 18/09/2010
Código do texto: T2504999