O MUNDO INVISÍVEL DA SOLIDÃO

Parada num canto esquecida
Olhando na mesma direção
Por um longo tempo distraída
Sem demonstrar nenhuma reação

Seus olhos estão molhados e tristes
Seu pensamento vagando sem razão
Seu ombro caído insiste
Em permanecer perto do chão

Sua cor empalidece o ambiente
É um canto de pura solidão
E dor é tudo que ela sente
Parece estar em depressão

Pessoas passam todo momento
Mas ninguém a consegue ver
Nem mesmo o gelado vento
Foi capaz de perceber

Assim por muito tempo ela fica
Num quase que transe total
Não há nada que se explica
Essa morte estranha e fatal

Sem vida o corpo que a veste
O vazio da alma que a entristece
Derrepente se levanta e sai
Abaixa a cabeça e vai

De volta ao invisível mundo
De onde não há como fugir
Mas com um sentir profundo
Já pensa em reagir...