AMADO AMANTE

Medonhas noites sem ti oh! amado amante!

Nos minutos lentos do alvorecer ao acordar,

desabrocha profunda melancolia...

Gesto que entristece e me perco num instante de nostalgia...

Ao encanto da lua e com passos em descompasso.

Vago pela rua...

Nessa noite medonha...

A minha própria sombra me persegue e me imita.

Ao teu amor sinto-me presa como um ramalhete num laço de fita.

O meu amor é único e superior aqui embaixo do peito.

É um tesouro num mundo de fantasia.

Que ironia? Antes. Nunca vi...

Noutros rostos perdidos achei a beleza e no teu encontrei um sutil encanto de realeza.

Creio! Eu creio sim, na existência de minh'alma...

E na silenciosa natureza mãe da vida.

Que une o cravo e a rosa no jardim das margaridas.

Enquanto a hora noturna vai-se na envolta cegueira.

Remói-me no peito os mais ardentes desejos.

Do amado amante distante.

Medonhas noites sem ti oh! Amado amante!

Numas das mais doída dor constante...