“Solidão...” 

Entorno a tarde, num só gole de solidão.
Sem ânimo...Permito que apague a chama
E beba das ilusões do meu rio!
Meu Deus... Mas pra que tanta solidão?
É um desperdício, vê-la persistir.
Em trinados sem asas...E vôos vazios!
Solidão... Inútil te dizer estranha
Se mesmo sem causa, você é fera.
Qualquer miragem a desencanta
E num bafo de ansiedade...
Medra minha garganta...
Meu riso alfineta, sempre que o sorriso nota!
Ah teu nome... Solidão!
Perfeito para os cantares loucos
Vives disso enfim...
Mas antes que tomes tudo de mim
Deixo-te no umbral da minha porta
Não te ofereço travesseiro
Nem um copo d’água, nem manta.
Já que dos sonhos, em meu celeiro.
Fizestes teu almoço e janta!
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07/11/2010
IZA SOSNOWSKI
Enviado por IZA SOSNOWSKI em 08/11/2010
Reeditado em 08/11/2010
Código do texto: T2602868
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