DEVANEIOS
 
 
Solitária, absorta no silêncio... À beira das águas
minh'alma desvia-se de mim, baila com as ondas
e desagua no sal do mar todas minhas mágoas.
 
Sem você sou sombras, nada mais tem sentido...
A vida é abstração, não tem o tom da paixão
e o amor que ficou é um sentimento tão doído!
 
Na areia molhada, saudades suas, a luz do luar
cinzelando o corpo, travando o movimento do tempo.
Nos véus das estações, sonhos presos em seu olhar...
 
Já fui poesia, hoje sou devaneios que vagam no ar,
já fui ave em ninho seguro... Hoje, não sei mais voar!
 
 
 
12/10/2010

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 07/12/2010
Reeditado em 07/07/2011
Código do texto: T2657615