Medo da morte

Nunca me sinto cansado

Nunca durmo durante o dia

Nunca fico sem comer

Nunca fico ansioso.

Mas a doença me muda

Transforma-me neste louco

Que chora e que ri ao mesmo tempo

De sua própria desgraça.

Não me sinto derrotado

Nem tampouco vencedor

Apenas vou “dar um tempo”.

Minha vez de ir embora

Está prestes a chegar

Mas não estou preparado.

06 de janeiro de 1992, às 22:10 horas

Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 16/12/2010
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