Alçapões e anzóis
noite em São Paulo
chove
penso no amor
algo surge
sombra nas cortinas
chove
falar um lugar escuro
paredes repletas de enigmas
escrevo o que acho
que posso escrever
o que surge dentro da mente
resposta sem resposta
não se sabe como
tudo tem uma causa
melhor não continuar
senão vou revelar
problemático sentimento
a poesia não esta na cabeça
boca de hortelã
acredite no agora
na maldição da maçã
os versos são ingratos
preparam armadilhas
alçapões e anzóis
todo sofrer é injusto
olhos de cortar cebola
lágrimas são os espinhos da mulher
defesas do mundo
digo inutilidades no papel
salada indisgesta
noite em São Paulo
chove
penso no amor
algo surge
sombra nas cortinas
chove