E a vida passa

Um cego toca na praça seu acordeom

Sentindo tudo aquilo que os olhos não podem ver

Bum-buns em blu jeans desfilam

Olhos que não se cansam de ver.

Policiais intimidam os temidos temidos marginais

E os jornais que não cançam das mortes e funerais.

As vitrines expõe o que não se pode obter

As promoções anunciam tudo que não é pra você.

A consciência que acusa quem quer o caminho cortar.

A televisão anuncia que o tempo vai piorar.

E o céu com nuvens escuras com vontade de chorar.

E os carros com vidros polarizados querendo te apedrejar.

O dono da funeraria não tem do que reclamar.

E na igreja da esquina subasta de salvação

E o especialista explica os males desta geração

Eu sento no banco da praça pra escrever uma canção.

E a vida passa desapercebida

E o espelho magico nunca diz mentira

E o felizes para sempre, sempre termina.

O recém nascido que nasce morto

E o recém casado já esta separado

O recém milionario esta endividado

E o final da guerra não se aproxima

E a vida passa e nada termina.

Epaminondas Barbosa
Enviado por Epaminondas Barbosa em 02/02/2011
Reeditado em 02/02/2011
Código do texto: T2767933