E a vida passa
Um cego toca na praça seu acordeom
Sentindo tudo aquilo que os olhos não podem ver
Bum-buns em blu jeans desfilam
Olhos que não se cansam de ver.
Policiais intimidam os temidos temidos marginais
E os jornais que não cançam das mortes e funerais.
As vitrines expõe o que não se pode obter
As promoções anunciam tudo que não é pra você.
A consciência que acusa quem quer o caminho cortar.
A televisão anuncia que o tempo vai piorar.
E o céu com nuvens escuras com vontade de chorar.
E os carros com vidros polarizados querendo te apedrejar.
O dono da funeraria não tem do que reclamar.
E na igreja da esquina subasta de salvação
E o especialista explica os males desta geração
Eu sento no banco da praça pra escrever uma canção.
E a vida passa desapercebida
E o espelho magico nunca diz mentira
E o felizes para sempre, sempre termina.
O recém nascido que nasce morto
E o recém casado já esta separado
O recém milionario esta endividado
E o final da guerra não se aproxima
E a vida passa e nada termina.