VÔO SEM RUMO...

Queria ser uma ave...

E voar livremente...

Voar... voar... voar...

o mais alto que se possa imaginar...

Sem rumo agora estou...

minha asa se quebrou...

e não há onde eu possa pousar...

Avisto muitas coisas...

mas nenhuma me pertence...

procuro um abrigo...

mas o incerto me ronda...

Sinto cheiro de flor...

o que me é muito familiar...

Mas logo me dou conta

de que o jardim já tem dono

e de longe só posso observar...

Me afasto então...

e de estação em estação

não vejo o tempo passar...

Me ignoro... me transformo...

lanço vôo...

O colorido se afasta...

o sofrimento não disfarça

a angústia e a dor

de voar por todo lado...

e nem ao menos em um canto

encontrar-te me aguardando...

Doce Solidão
Enviado por Doce Solidão em 11/02/2011
Código do texto: T2784743
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