Dom Casmurro de outrora.

Deixe o tempo dizer quem eu sou,

a típica liberdade de opinião, dou;

Daquele novo Otelo que difama e destroi,

de uma metáfora dissimulada presente em nós.

Eu não tenho malícia no aprender...

Sou Casmurro moralista e esquisitão,

quase homicida, sem vocação.

Capitu's da minha vida se fazem perversas,

entre minhas agitacões sentimentais esperssas.

A lei das tão Belas adiam minha virtude...

e nada mais posso ter, do que não ciúmes!

"Minha alma é cheia de mistérios..."

Idéias problemáticas sociais eu venero.

Fidálgo! Não estou no sentido que me dão,

venho do mundo, deste mesmo chão.

Não sou filho único, sou engenho novo!

Sou a mão, o braço... A raça desse povo.

Mas é tempo de tornar àquela tarde de novembro,

em que ficávamos a olhar o vento.

Capitu olhava para dentro de si mesma.

Hoje sou eu quem olho, submisso e sem aspereza.

O meu motivo hoje, não sei mais qual é...

Sem se não amar, outra mulher.

Por elas o nomeado Bentinho,

à minha mãe o snatinho.

"- Mas eu amo Capitu!"

Sem ela, meu coração é nenhum...

Mas ela já se foi com um Casmurro de outrora...

Belra Cross

Belra Cross
Enviado por Belra Cross em 15/02/2011
Código do texto: T2792496
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.