Dom Casmurro de outrora.
Deixe o tempo dizer quem eu sou,
a típica liberdade de opinião, dou;
Daquele novo Otelo que difama e destroi,
de uma metáfora dissimulada presente em nós.
Eu não tenho malícia no aprender...
Sou Casmurro moralista e esquisitão,
quase homicida, sem vocação.
Capitu's da minha vida se fazem perversas,
entre minhas agitacões sentimentais esperssas.
A lei das tão Belas adiam minha virtude...
e nada mais posso ter, do que não ciúmes!
"Minha alma é cheia de mistérios..."
Idéias problemáticas sociais eu venero.
Fidálgo! Não estou no sentido que me dão,
venho do mundo, deste mesmo chão.
Não sou filho único, sou engenho novo!
Sou a mão, o braço... A raça desse povo.
Mas é tempo de tornar àquela tarde de novembro,
em que ficávamos a olhar o vento.
Capitu olhava para dentro de si mesma.
Hoje sou eu quem olho, submisso e sem aspereza.
O meu motivo hoje, não sei mais qual é...
Sem se não amar, outra mulher.
Por elas o nomeado Bentinho,
à minha mãe o snatinho.
"- Mas eu amo Capitu!"
Sem ela, meu coração é nenhum...
Mas ela já se foi com um Casmurro de outrora...
Belra Cross