MEU CAIS

Displicentemente caminho

sem sentido, sem rota, sem ninho.

Correndo por entre fatos marcantes.

Pisando pedras, sonhando diamantes.

Cada navio que desancoro, sozinho,

leva meus planos à mares de espinho.

O sabor em minha alma é picante,

mas satisfaz o meu instinto arrogante.

Ajeito, desajeito, alinho, desalinho...

Lanço as folhas da razão em moinho.

Perco o fio da meada, por quase nada.

Mas embora sem rumo,

sempre ponho os pés na estrada.

E continuo o caminho,

sem sentido, sem rota, sem ninho...

Seguindo em frente, embora sozinho.

Dalto Gabrig
Enviado por Dalto Gabrig em 24/02/2011
Código do texto: T2811746
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