ANDANÇA
ANDANÇA
Eu andei sozinho pelo pó da estrada,
que ia infinita cortando a vida,
vagando, vagando, sem nunca chegar...
E provei das pedras, insossas e gastas,
caminhando rápido em direção a nada,
mas procurando sempre, encontrar o amor...
E vi corpos mortos, na terra caídos,
e mil esperanças, enterradas vivas,
junto a ilusões, marcas e feridas...
E foi tanta tristeza, nesse meu passar,
que deixei perdido em cada lugar,
todo o meu ânseio, de homem sonhador...
E em cada arbusto, pelo qual passei,
um desejo meu, por trás escondi
e uma dor mais forte, em cada um guardei...