Salva-me! Anjo Negro!


Habitas minha solidão na cama
Com tua companhia silenciosa
Pelos vales sombrios da minha mente
Vagueias pelo lado negro, presença maliciosa

Protege-me com tua presença
Diante dos algozes do tempo
Morando no meu coração negro
Dilacerado pelo desamor do sofrimento

Salva-me! Anjo Negro!
Deus da minha intimidade vestal
Entrego meu corpo em tuas mãos
Para despir minha intimidade sexual

Não pertenço aos desejos de ninguém
Diante das mentiras profetizadas
Sou o cálice de sangue que mata a sede
Do homem de palavras dissimuladas

Salva-me! Anjo Negro!
Percorra as consciências mundanas
E veja o quanto são enganadores
Aqueles que vomitam as palavras amorosas

Só tu podes andar pelas sombras
Ver os profanadores do templo sagrado
Das suas luxúrias secretas de amantes
Dos seus desejos perseguidos pela lei do injustiçado

Salva-me! Anjo Negro!
Desse mundo imundo que habito
Onde só vejo gente demente de alma
Mundo insano dos jardins do éden maldito!




*imagem do google