O VENTO QUE NÃO PASSA

Quando se vai a primavera da íris, dá-se o desbotar das aquarelas

E as cenas mais belas dormem sob o refúgio do relativismo

As fortes ondas do idealismo dão ao conformismo sua tutela

E a vida passa em frente à janela, onde estar vivo é o último ativismo!

Eu sou o cidadão que transitou nas mais incompatíveis transições

Nasci num mundo cheio de conturbações e o vejo até aqui mal resolvido

De um tempo em que o tempo era sentido e não vendido às ambições

Eu vi pureza nos corações, mas vi também o amor por ele esquecido!

Eu passo em frente a prédios imponentes onde eu brinquei nas relvas

E agora vivo nessas frenéticas selvas, repletas de animais vorazes

Os quais foram capazes de alternar cenários, sem pudores ou reservas

São as piores feras de todas as eras, dos vermes os mais lastimáveis!

Pobre de mim que aqui habito. Graças a Deus, que deu-me a poesia

Nela eu enlouqueço na magia de recriar ou procriar algo melhor

Refaço desde o pó, aquele antigo mundo em que feliz vivia

E curo a doença dessa fantasia, voando no céu de um pássaro só!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 07/04/2011
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