SAUDADE SOLITÁRIA

Olho pro nada como quem quisesse ver tudo
É neste silêncio da saudade que me vejo menino
Correndo brincando pelos parques da cidade.
Adolescente apressado e o estalar daquele beijo
Desajeitado perfumado nas flores da laranjeira.

Mais adiante encontro meu trabalho, meu filho
E esposa companheira que já se foi.
No espelho d’água um rosto enrugado. Vida
Que nem terminou ainda...
Faz tempo
Que não a tenho mais.


Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 15/04/2011
Reeditado em 15/04/2011
Código do texto: T2911422
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