caminhos
á muito tempo eu caminho,
ponho o peso da consciencia nas costas,
meus sapatos rasuram como papel,
eu continuo descalço,é simples ser jugado,
quão complicado é contar as peridas dos pés,
eu não ponho lágrimas no rosto,
e ninguem vai me ver chorar,
só no alto da montanha,
só no fundo do mar,
lá estará meu pranto.
cumprimento a morte,
me desperço da vida,
reecontro o sossego,
no novo luar que surge,
continuo sozinho,
dou-me boa sorte,
e me tomo em um coibo de vinho,
seja bardout, Malbec, chardonay ou uva estragada,
mas deixe meu sangue jorrar,
como meus espaçõs,
como o sangue que os civis devem ver, pagar pra ver.
talvez esteja doente,
louco e com semblante de poeta,
babado com semblante de romantico,
vivo com rosto de moribundo,
e corro, com cara de santo,
mas só continuo,
caminhando nos penhascos da vida,
e aprendendo a viver de solidão,
foi mais uma noite de insonia,
em que matei a minha alma,
pra honrar a minha vida.