Solidão de dois irmãos

Que solidão é esta,

Intrépida e silenciosa...

Que às vezes me bota tão triste

Parece gemer das entranhas

Não adianta carinho ou festa,

Quando sei que nada existe

Por que será que se manifesta?

Cruel suas garras afiadas investe

Parece, não tenho certeza,

Que tudo é ilusório,

Mascara-se em sutilezas

Seu vasto repertório

Nem reza nem oratório;

Levou-os à correnteza

É inferno ou purgatório?

Queria alguma certeza...

Nesta vida malvada,

Sem deus, santo ou nada

Quero a alma depurada

Chega de tanta charada

Flui a vida desgraçada

Profana e não sagrada

Alguém por aí me explica...

Por que o simples complica?

Sem sair desta ingrata,

O que iremos colher?

Fico sem mesmo saber

Onde é o fim da picada

O que fiz a essa malvada?

Estou perdido na mata

Só enfrento encruzilhada

E tento assim sobreviver!

-Frei José de Santa Rita Durão...

Se tiver que pedir... Eu peço!

De joelhos a ti peço Perdão

Mas se não é dele, não?!

Abra portas e janelas da alegria...

Ouça o grito do meu coração

Poesia que reclama sua autoria...

Então é meu mesmo, irmão!

Duo: Jorge Cortás Sader Filho e Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 16/05/2011
Reeditado em 16/05/2011
Código do texto: T2973334