Vazia
Fui exilada
Sutil, silenciosa e diariamente
Sua ausência física
Ou a TV ligada..
E eu olhava pela janela
Vendo a chuva cair
Ser absorvida pela terra...e sumir.
O invólucro que me aprisionava
Naquele momento insólito
Medo era o seu nome
Covardia seu sobrenome.
E fui vivendo os dias
Vendo a chuva cair
Milhares de gotas caíram
Muitas tardes se passaram
Os cabelos embranqueceram
As mãos enrugaram
A vida passou assim...
Passou por mim...
Hoje, sem adeus e sem afagos
Você partiu...ausente..morreu.
E me pergunto
A que vim ?
Vida morna...