TUA AUSÊNCIA
                   
Fernando Alberto Salinas Couto
 
             O perfume que flores exalam
             ao fecharem-se as cortinas
             de mais uma tarde de outono,
             nostalgia, na alma, provocam
             e marejam as minhas retinas,
             anunciando noite sem sono.
 
             O vazio que, então, invade,
             sem dó, a todos sentimentos,
             levando-me à displicência,
             é fruto de toda a crueldade
             desses castradores ventos
             que me impõem tua ausência.
 
             À noite, escura como breu,
             num rude marasmo que cansa
             e girando na cama sozinho,
             viajo das trevas ao céu,
             alimentando a esperança
             da tua volta ao nosso ninho.
     
                                SP -23/05/11



         
Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 23/05/2011
Reeditado em 17/06/2011
Código do texto: T2988451
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.