Noite sem luar

Sou uma trova de um soneto sem rima

E maldita num veludo escuro encorpado e aquecida.

Abasteço a fronte da pele que chora minguas entre as mágoas,

Nada vale a pena...

A vida me acolhe e visita,

O visível abalo da dor cálida se veste e despe.

Sinta o corpo ao vento, ar em movimento, freme, treme, congela,

Ajeita o resto de mim que despenteia a cabeceira

E perto da estante uns livros,

Vagos sentidos do existir.

Nessa noite serei sua página em branco.

Imprima seu sorriso e colha seus frutos.

Anote seus obstáculos,

Para na emersão do horizonte

Revelar a negra noite sem luar.

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 25/05/2011
Reeditado em 25/05/2011
Código do texto: T2993243
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.