Como eu queria...

Que falta sinto de você, do teu corpo, do teu ser, mulher, pecado.

Agora, aqui, quieta, manhosa, suave, sem pressa de estar ou ser.

Sinto a falta do toque de tuas mãos,

do cheiro da fêmea, do pecado, do movimento de teu peito marcando o compasso de tua vida.

Que falta sinto eu, agora e aqui, nessa noite chuvosa,

do som de tua respiração, do silêncio do teu sono, da calma de teu repouso.

Sinto falta de teu querer, do teu ficar assim, de apertar teu corpo com o meu.

Falta do abraço que é laço de sentimento, que é corda de união.

Que é solda de paixão, musgo de alucinação de amor.

Não falta desejo, é verdade. Não falta o querer te querendo, simples e totalmente.

Não falta vontade de percorrer com meus dedos tua anatomia... tua geometria feminina....

Ah! Como eu queria....

Descobrir o que já conheço e me perder no que achar.

Encontrar o fim no começo e ser quase tudo no tudo que enlouqueço.

Viver o único momento que vale a pena, sem pena de explodir num segundo.

Ter apenas o tempo seguinte, sem tempo para perceber que tudo acabou.

Queria sim, como queria você aqui e agora...

e sempre.

Marcus Ottoni
Enviado por Marcus Ottoni em 30/05/2011
Código do texto: T3003109
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.