VELHA AMIGA
Andas, de novo, a me rondar...
Feliz, de olhos e braços abertos!
Trazes, ligeira, o travesseiro
ou, mesmo, teu ombro para a cabeça eu pousar;
Aparas minhas arestas, assim como minhas lágrimas,
ficas ao meu lado quando o sono não vem.
Ouves, comigo, na madrugada, o murmúrio do vento,
as vozes e risos vindos das lembranças.
Ficas comigo, quieta, enquanto desabafo
na imensidão destas linhas...
És minha fiel companheira de todas as horas,
velha amiga SOLIDÃO!