MINHA ÁRVORE DE COLIBRIS

Quando em sonho

A mortalha do medo aparece

Parece não surgir novos dias

É assim que me ponho

A escutar nostalgias

É quando o tempo

Oculta toda a insensatez

Insensato o devaneio aparece

Como um amor de antanho

E minh’alma, então envaidece

A madrugada traz floradas

Pois que a nudez é noite

Anoitecendo todo querer

Há colibris e passaradas

Em minha árvore sem eu merecer

Qualquer dia é mansidão

Para tanto questionamento

Questiono aos colibris

Esqueço a solidão

Nas auroras de frenesis

Quando o sol apaga tristonho

Os hinos adormecem

Dorme a árvore calada no espaço

E assim eu apanho

Um deus em meu regaço

Nadilce Beatriz
Enviado por Nadilce Beatriz em 22/06/2011
Código do texto: T3051500