Realidade viril

a luz que me ilumina um dia me cegou com o seu insano entardecer

alegrando a mente com alguns abraços e rodopiando com entrelaços

a realidade veio a me torturar com sua ilustre presença

demonstrando um vasto e grandioso fardo que ao passar do tempo, o alargo

com a fúria que em mim é depositada por seu sorriso de princesa

com as mãos atadas, fui apenas uma marionete

com os olhos vendados, pude sentir na pele a dor da escuridão

com o peito murcho, nada reluz quanto ao meu coração

me tornei frio, tão frio quanto o chão em que pisa

sua coragem para me tirar desta puta realidade não é nada

me mostre o seu rosto sua tristeza ambulante que me alaga

com sua lágrima e querendo me fazer me sentir pequeno nela

sua puta duma vaca! vá se fuder sua solidão dos sonhos duma lata

a mesma sorte que guardo em mim visto agora com a cicatriz

minha forma impura e fatidiga veste o seu pequeno minuto de "por um triz"

parasita é a morte que vai sugando cada vez mais os seus dias

sua data está marcada e pode crer, não é para daqui a muito tempo

uma realidade que me cegou e me cobriu por um manto viril

por todo esse tempo, tive que me passar por vil

e agora, nem sei mais se o sou ou não...

com as mãos atadas, fui apenas uma marionete

com os olhos vendados, pude sentir na pele a dor da escuridão

com o peito murcho, nada reluz quanto ao meu coração

me tornei frio, tão frio quanto o chão em que pisa

sua coragem para me tirar desta puta realidade não é nada

me mostre o seu rosto sua tristeza ambulante que me alaga

com sua lágrima e querendo me fazer me sentir pequeno nela

sua puta duma vaca! vá se fuder sua solidão dos sonhos duma lata

ser cegado a cada minuto, sem poder falar, uma lágrima a escorrer

tudo sempre foi um minuto de silêncio a sofrer, meu peito a doer

corro atrás de um remédio que nunca mais encontrarei no meu eterno viver

a morte que me traga com sua insana e farta loucura, irreal e insana

um lugar onde todos caminham para todos os lados, vivo, eu nunca estive

com as mãos atadas, fui apenas uma marionete

com os olhos vendados, pude sentir na pele a dor da escuridão

com o peito murcho, nada reluz quanto ao meu coração

me tornei frio, tão frio quanto o chão em que pisa

sua coragem para me tirar desta puta realidade não é nada

me mostre o seu rosto sua tristeza ambulante que me alaga

com sua lágrima e querendo me fazer me sentir pequeno nela

sua puta duma vaca! vá se fuder sua solidão dos sonhos duma lata

... mas sempre se tem algo pelo que lutar

Gust
Enviado por Gust em 26/08/2011
Código do texto: T3184307
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.