APRISIONAMENTO

Minha alma é uma doce menina
com sangue doce nas veias
e que sente nas costas
o peso do mundo.

Minha alma desnuda-se de convicções
e prende-se em si mesma
tendo por convívio
as rochas do encarceramento em que se meteu.
Como aura,
o envoltório da imobilidade.
Por companhia,
A dor que a faz claudicar nos pensamentos.

Minha alma
está sufocada
no preservativo de inércia
em que o mundo a envolveu...

Oldney Lopes©