Brincando de enganar o sofrer

Deus, Deus, Deus. Deus que não ouve minha prece

Que me permite sentir dor tão cruelmente voraz

Deus onde estás? Vê que dor minha alma tanto padece

Oh! Deus me responde: Será que tanto ela merece?

Eu e ela, os dois, andamos como sombras tristes

Indo por estradas que nem no horizonte se curvam

Tão forte é o vazio que do tempo faz um simples nada

E da alma, dela faz, coitada, uma triste alma penada

Meus sonhos se fizeram pesadelos pavorosos

Em que fico a procurar a mim mesmo em outro tempo

Como se eu não existisse em quase nenhum momento

Mas agora que importa? O que ainda posso fazer?

A não ser chorar brincando para enganar o sofrer

Ou então sorrir fingindo que ainda gosto de viver.

jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 05/09/2011
Código do texto: T3202004