A U S Ê N C I A S. . .

Entorna em mim

duas ausências:

numa ela nunca regressa;

noutra ela jamais parte!

E esta distância

de dois próximos:

tão presentes e

tão ausentes!

E ninguém diz

adeus, ou até logo:

e esta chuva fina

chorando indiferença!

São dois perfumes

que se anulam:

e a esperança

se desespera!

Quem sabe amanhã

o sol será ouro e

a chuva cessará

esta ausência de alma!

Quem sabe amanhã

a calma se encorpa

e a ausência na chuva

se dilua e se evapora!

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 18/09/2011
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