JANELA DO UNIVERSO

Da minha janela vejo o universo

Vejo amplidões e as estrelas

Vejo o grande mar de luz que soluça no céu dos homens

Meus olhos conhecem a verdade

Mas a verdade não é tudo

Minha natureza está sempre a procurar outros caminhos

Pois vê coisas que ninguém vê

Tem coisas que pertencem aos devaneios interiores

De quem é dado ver aonde nada pode ser visto

Todavia, meus olhos sucumbem

Sem achar respostas sobre o vazio

Deixando uma porta aberta para o desespero

que não consigo fechar

A noite é um fantasma que caminha em mim

Ela cava na alma das pessoas

A cova rasa onde dormirá a solidão

O carrossel da vida está parado nesta noite

A lua branca, ou o que sobrou dela

Introjeta luz sobre meu rosto indefinível

e os meus vales angustiados!

O imenso mar dentro de mim se move para o sul

E arrasta a assombração das ilusões que não mais tenho

A noite é vasta!

Alguém acende uma lanterna

È um pescador e seu barco solitário

Meus olhos se agarram àquela luz

Num sinal humano de esperança

Mas o barco passa,

A luz some

O pescador some

A noite fica

Minha esperança pede socorro

Sem saída,

Volto meus olhos para mim

Um escuro de dar medo

Um vento frio me traz uma agonia fina

O nada existe e esta bem ali

Dançando com minha alma dentro de uma paisagem morta

É o preço a pagar por algum sonho

Fecho os olhos, minhas comportas para o mundo

Para a passagem de uma lágrima perdida!

Arre Deus... quanto daria agora por um conhaque Frances?

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 10/10/2011
Reeditado em 10/10/2011
Código do texto: T3269023
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