ESCURIDÃO
Escuridão
Noite fechada, escuridão!
A chuva cai silenciosa,
Frio penetrando a alma,
Vazio da saudade
De quem foi embora.
Solidão! Vazio dessas noites,
Cobrem o corpo do frio,
Alma nua no inverno
Silêncio no meu destino.
Olho a cama vazia
Volto meu olhar na escuridão,
Saudade dos que se foram
Perdidos, distantes da paixão.
Lágrimas rolam no meu rosto,
Não posso mais compreender,
Sintomas e tristezas desses dias,
Encontro comigo mesma no anoitecer.
Tenho uma fortidão débil na saudade,
Enfrento da vida o que vier,
Linda nos dias lindos,
Feia quando sinto a dor desse amor
Chorado, trancado na dimensão trágica
Do real sem sonhos, morto no
Vazio da escuridão.
Márcia Rocha
11/10/2011