os palhaços que morrem

os sentidos das palavras que eu falo,

me magoam muito mais que um tiro certeiro,

do meu desespero retiro o palhaço desenhado no espelho.

meus joelhos já cansados de se ferir,

cicatrizam,

parece doentil, mas,

quanto mais me refugio da solidão,

mas ainda me apavoro em meio ao caos de duvidas.

onde ficaram meus sentimentos bons?

só no sossegar de outros seres existentes em minha vida?

brevemente lembro do palhaço de outrora.

meus olhos já cansados de chorar,

ficam olhando os corpos que passam,

procurando a felicidade em um sorriso metálico e cheio de vida,

nesse momento o filme que se passa diante das retinas umidas,

desse humano que vos fala sem compaixão o que é a vida,

grita algo sem sentido, só pra borrar sua pintura.

só pedia um poquinho de vinho,

e esse que a saude já despreza,

aquilo que nem se pode mais querer.

e os miseráveis corpos que se perdem na multidão,

levaram o teu,

deixando um palhaço no espelho,

que lacrimejava a sua existencia,

sabendo que nunca amará a quem ama,

já que nem sabes da minha existencia,

mas o circo está cheio,

e o público me espera.

Marcos Pagu
Enviado por Marcos Pagu em 19/10/2011
Código do texto: T3285381
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