Pedi tão pouco e me deste tanto

O que me resta te pedir ainda, se a mim

Tudo já me deste. Que me resta pedir

Que a mim já não tenhas dado?

Todos os sonhos já me destes,

Sonhei todos os sonhos possíveis de sonhar

E os impossíveis me fizeste pensar

Chorei tantas lágrimas que meus olhos,

Até hoje, brilham como tristes diamantes

(os diamantes ficam tristes se não são vistos)

Saudades! Ah! Quantas já me destes!

Saudades vivas, saudades cruas, saudades duras,

Saudades de ontem, saudades de hoje,

Saudades de amanhã, até saudades de sempre.

Devaneios! Quanto então me destes!

E todos eles ficaram entre os sonhos que se foram.

Que me resta te pedir que já não me tenhas dado?

Me deste até muito mais do que pedi,

Me fizeste sentir a solidão que não pensava existir

Assim, tão forte, tão intensa, tão verdadeira

Que me fez fazer das noites longas horas

De contrição, de confissão e de lamentos

Como se a vida fosse um doloroso conto do destino.

Que me resta te pedir que a mim já não tenhas dado?

Ah! Amor como nos fazes realmente viver,

Pedi apenas um amor, pedi apenas para amar

Sentir todas a emoções que só quem amou viveu

E o amor me deu tudo isso, ah esse amor!

Amor é isso... é esse livro infinito e eterno...

jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 27/11/2011
Código do texto: T3359040