a volta do filho

bom, já nem acredito em sorte,

isso é pura ilusão sordida,

talvez seja eu um simples sonhador,

que joga a rede aos poucos peixes que restam,

eu sempre fui homem, mesmo criança,

já não me enquadro em teus costumes,

o que eu penso em fazer,

eu vou lá e faço,

me deixa ficar aqui,

são nuvens escuras o que meus olhos sentem,

acho que vai chover,

e talvez seja isso que me faça ficar,

já não estou tão louco,

deixei de beber quando mereci,

minha vida esteve conturbada por muito tempo,

as vezes via luzes, mas nem sempre,

cansei de me lembrar de você,

e sonhar não quero mais,

e quando tudo tiver fim,

só quero tomar rumo ao meu berço.

Marcos Pagu
Enviado por Marcos Pagu em 24/12/2011
Código do texto: T3404738
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